A chegada do coronavírus não estava prevista, tampouco se poderia imaginar, há apenas algumas semanas atrás, os impactos decorrentes dessa pandemia. O fato é que, atualmente, realizar atividades de rotina, que envolvam sair de casa e ter contato físico, passaram a ser consideradas perigosas, levando as pessoas a buscar maneiras alternativas de realizar essas atividades.
A internet exerce um papel fundamental na mudança desse comportamento.
Não é a primeira vez que eventos imprevistos determinam mudanças tão significativas no estilo de vida da humanidade. A pandemia guarda profunda semelhança com a Revolução Industrial, que ocasionou um conjunto de mudanças na Europa nos séculos XVIII e XIX. Naquele momento histórico, a principal particularidade foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso das máquinas.
Em relação ao coronavírus, ao invés de máquinas serem o catalizador da mudança, é a tecnologia que ocupa lugar de destaque.
As pessoas estão buscando por meio, de novas tecnologias, soluções que resolvam seus problemas e, ao mesmo tempo, evitem arriscar a própria vida e a de seus parentes e amigos. Quem já estava habituado com as novas tecnologias não teve problemas em se adaptar. De outro lado, uma parcela muito significativa de pessoas foi “obrigada” a se adequar.
Essas pessoas são chamadas de CONSUMIDORES 4.0 (conceito derivado do MARKETING 4.0 contextualizado pelo escritor Philip Kotler, especialista em marketing).
A principal característica desses consumidores é a paixão por tecnologia. Estão sempre conectados, possuem alto grau de exigência para comprar ou contratar um serviço, estão atentos a opiniões e feedbacks de outras pessoas semelhantes e se importam com a usabilidade e experiência proporcionada pelo serviço.
Como a alavancagem está ocorrendo?
Destaca-se alguns exemplos de serviços que se popularizaram na quarentena:
- Serviços de videoconferência estão sendo usados para aproximar as pessoas.
- Assinatura digital de contratos para evitar a burocracia de logística da papelada.
- Aplicativos de entrega para comprar de tudo sem sair de casa.
- Plataformas de ensino a distância, substituindo as salas de aula convencionais.
- Marketplaces onde lojistas têm a possibilidade ter um e-commerce para vender online sem a necessidade de manter ou contratar uma equipe de T.I.
- Bancos migrando o atendimento presencial para o online. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, teve 42 milhões de downloads em menos de 10 dias no aplicativo “auxilio emergêncial”.
- Telemedicina trouxe a possibilidade de receber uma orientação médica sem precisar deixar o isolamento e evitando idas desnecessárias a postos de saúde reduzindo o risco de contágio.
O fato é que todas essas pessoas que passaram a utilizar essas ferramentas foram inseridas novo modelo de consumo e dificilmente irão voltar atrás. Isso, por dois motivos simples: 1. essas tecnologias chegaram para facilitar a vida, ou seja, permitem a solução de problemas em muito menos tempo (um dos recursos mais escassos); e 2. as novas tecnologias realmente funcionam.
Voltando a falar sobre o tema desse artigo, vale destacar algumas empresas que já estão inseridas nesse cenário há alguns anos:
- Memed plataforma de prescrição digital e inteligência de medicamentos. Fundada em 2012.
- Laboratório Frischmann Aisengart oferece coleta de exames e vacinação através de atendimento domiciliar com agendamento online. Fundada em 1945 e adquirida pela Dasa em 2005.
- Consulta Remédio plataforma de comparação de preços e compra de medicamentos online. Fundada em 2012.
- DocPlanner grupo detentor da Doctoralia plataforma que conecta profissionais de saúde e pacientes, proporcionando uma experiência de cuidados mais próxima e humanizada e da tuOtempO plataforma desenvolvida para atender as demandas de grandes centros médicos, integrando portal de acesso ao paciente online, comunicação interativa automatizada e analise comportamental em uma única interface. Fundado em 2007.
Nesse contexto de inovação, surge o PACIENTE 4.0, que antes de todo esse avanço tecnológico tinha que pedir referência de um médico para conhecidos ou familiares, se deslocar e perder tempo buscando prescrições no consultório do médico, ligar em vários consultórios para conseguir um agendamento em um horário que fosse conveniente e que aceitasse seu plano de saúde, fazer pesquisa de preço ligando ou visitando vários estabelecimentos antes de comprar o medicamento prescrito e se expor para coletar exames.
Atualmente, é possível agendar uma consulta com poucos cliques, comprar o medicamento prescrito online com o melhor preço, consultando um único endereço e podem receber no conforto de sua casa um técnico para realizar a coleta.
Enfim, quanto ao coronavírus, a boa notícia é que a pandemia vai acabar. Em relação ao novo modelo de prestação de serviços médicos, que ganhou força durante esse período de temor, esse veio para ficar.
Se você conhece alguma tecnologia diferente das que foram abordadas nesse artigo ou quiser conversar mais sobre o assunto é só me chamar.